Em discurso na tribuna, nesta terça-feira (22), o presidente do Legislativo, vereador Josué de Oliveira – Joca (PP), destacou o Dia da Consciência Negra – comemorado em 22 de novembro – citando a segregação racial imposta na África do Sul, que separava o país entre brancos e negros.
Joca informou que o Apartheid foi um regime político que ocorreu entre 1948 e 1994 na África do Sul. “O regime foi sustentado por um partido de extrema-direita chamado Partido Nacional e se baseou no estabelecimento de uma legislação segregacionista, com o intuito de promover uma série de privilégios para a parcela branca da população”.
O edil disse também que o referido sistema foi extremamente impopular, tanto na África do Sul quanto no exterior. “Na África do Sul, ele se sustentou por décadas graças à censura e ao uso da violência por parte do governo. Movimentos de resistência foram formados, e um dos nomes dessa resistência foi o de Nelson Mandela”.
Ainda, segundo o vereador, o Apartheid estabeleceu a existência de quatro grupos raciais no país, fazendo com que a população negra vivesse em locais segregados, impedindo sua circulação e visitação a determinados espaços. “O acesso à educação, saúde e oportunidades de crescimento da população negra foi minado ao longo dos anos”.
Ele acrescentou: “as populações negras também não tinham direito ao voto, o que contribuiu para que o Partido Nacional se sustentasse por quase quatro décadas no poder. A liberdade das pessoas negras ficava restrita a locais específicos, chamados de bantustões. O governo sul-africano usou toda a repressão e violência policial para sustentar a descriminação”.
O presidente da Câmara afirmou que essa é uma das razões que defende “com unhas e dentes” a ideologia da esquerda. “É por isso que eu defendo a bandeira do companheiro Lula, ele é a resistência, ele acredita, ele confia, ele sabe o que defende”, justificou.