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Presidente de associação pede que PL 006 retorne à pauta para votação

No tempo destinado ao uso da tribuna popular, a presidente da Associação Comunitária do Assentamento de Coqueiros, Jizélia dos Santos, repercutiu a rejeição do PL 006/2024, que dispõe sobre a implantação do Selo Empresa Parceira da Mulher. Ela clamou aos edis da base governista que coloquem o PL novamente em votação e aprovem.

A presidente iniciou a fala perguntando o que veem à mente dos edis quando ouvem a palavra mulher. E ela mesma respondeu: fragilidade. Segundo Jizélia, a cada 10 mulheres, 3 sofrem algum tipo de violência. “É preciso entender que há dificuldade das vítimas de violência se desvincularem dos agressores porque, na maioria das vezes, eles são os provedores da casa. Fiquei triste em ver os vereadores votando contra as mulheres. Também somos votos e vamos mostrar a força nas urnas. Peço que os vereadores repensarem sobre o retorno no PL para votação. Se precisar de ajustes, que estes sejam feitos”, pontuou.

Jizélia rebateu os argumentos do vereador Ellon Maldine (Solidariedade), que votou contra o PL. “Quero dizer ao vereador Ellon que as mulheres não serão expostas, não haverá uma identificação de que são vítimas de violência. Olhem com mais carinho para o projeto; é de autoria de Joca, mas é para as mulheres. Peço que cada um se sensibilize com esta causa”, pediu.

No uso da palavra, o vereador Ellon Maldine disse que esclarecerá sua posição em momento oportuno, mas adiantou que houve recorte em sua fala, que inclusive gerou fake news. “Mas, quero perguntar sobre a revitimização das mulheres e sobre o projeto Selo Lilás”, questionou.

Em resposta, o presidente do Instituto Permanente Sociedade Civil Organizada- Ipesco – Almir Pereira, explicou que o Selo Lilás é um projeto do Governo do Estado, que visa uma parceria com as empresas para a contratação de mulheres e que não há especificidade para a inserção de mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho. O Selo mostra que há empresas com responsabilidade social”, pontuou.

De volta com a palavra, Ellon afirmou que aconteceu o edital para o projeto Selo Lilás em maio e que não houve manifestação para o incentivo. “O primeiro vereador a levantar essa pauta fui eu, e ninguém me procurou. Agora, depois que o PL foi rejeitado, fui crucificado. Pegaram trecho da minha fala e fizeram fake news”, acusou.

De acordo com Almir Pereira, o vereador Ellon não esteve presente em nenhum evento na Casa que tratou sobre as mulheres. “Com que base está querendo argumentar? O Selo Lilás é para o estado todo, mas o Selo que estamos questionando aqui é local e direcionado. Este PL traz benefícios à sociedade civil. As mulheres do nosso município não podem ficar vulneráveis à violência”, observou.

Fazendo as considerações finais, Jizélia dos Santos pediu a sensibilidade dos vereadores para uma nova análise do PL e um retorno à pauta. “Olhem com carinho e cuidado para este projeto. Se precisar fazer ajuste, que seja feito. A Constituição diz que todo poder emana do povo, então estamos de olho”, alertou.

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